Opinião – O calvário dos desempregados honestos

Estar desempregado e ser honesto é uma carga de trabalhos na generalidade dos Centros de (Des) emprego.
Quem procura trabalho digno porque não quer viver à conta do Estado é mal tratado.
São as burocracias, as exigências, as convocatórias para reuniões que não adiantam nada.
As falsas promessas e as ilusões.
Os cursos de tudo e mais alguma coisa que não acrescentam muito aos formandos a não ser um mísero subsídio.
Em Portugal os desempregados honestos são tratados como delinquentes pelo Estado e por algumas empresas e instituições.
Com raras exceções, o Estado trata os desempregados pior do que os delinquentes e criminosos.
A maioria dos colaboradores do IEFP não se coloca no lugar do outro. No conforto do seu gabinete tratam os “clientes” como seres menores.
O mesmo acontece nas instituições públicas e empresas privadas onde os Recursos Humanos usam e abusam dos candidatos a emprego para procedimentos de recrutamento quando já têm os candidatos escolhidos.
Estes doutores/as Ignoram que muitos dos que os contactam têm mais conhecimento, competências, aptidão e mais vontade de trabalhar que eles.
Só não tiveram um qualquer padrinho que lhes encaminhou para um posto de trabalho neste Estado gordo, anafado e mal educado que não premeia o mérito, a competência e a disponibilidade.
Um apelo a todos os que usam os desempregados honestos: Coloquem-se sempre no lugar do outro.
Um desempregado é uma pessoa fragilizada pela situação de dependência do Estado ou da família, pelo estigma e pela discriminação.
O Direito ao Trabalho Digno está na Constituição e é inalienável
Não gozem com quem quer trabalhar!
Opinião – Nelson Lopes – Jornalista desde 1990. Gestor de Comunicação
P.S. Trabalho desde os 16 anos, felizmente nunca passei pela situação de desempregado. Apenas me coloco no lugar do outro e sinto as suas dores.