Opinião – O Jejum forçado…

Estejamos atentos à nossa volta.
Há famílias a fazerem jejum prolongado e não é por ser Quaresma.
É mesmo por ausência de comida.
Ver uma criança, que podia ser minha filha ou neta, correr para um pacote de leite com um sorriso rasgado é uma facada.
Sim. Há crianças nesta minha pequena cidade que não têm um pacote de leite e só bebem na escola.
Em dias de greve, falta tudo.
Incluindo o colo e os abraços das educadoras e assistentes que fazem milagres.
Os novos pobres têm trabalho, casa, carro e roupas dignas mas não têm condição para ter uma alimentação adequada e o conforto que todos merecemos.
São os novos escravos que trabalham para pagar a casa, serviços, créditos e impostos.
Enquanto gestores no público e no privado continuam a gastar como se não houvesse amanhã.
Usam e abusam do dinheiro público, gerado pelos nossos impostos para alimentarem os seus egos anafados e insuflados.
O nosso Presidente da República continua a ser comentador e uma figura simpática que tira excelentes selfies. Pouco mais.
E a influência na magistratura estimado Professor Marcelo?
E o combate às assimetrias?
O resistente Primeiro Ministro é um irritante otimista que perdeu o controlo do país que anda em piloto automático.
António Costa merece descansar e ser poupado de ataques, muitos deles injustos e excessivos.
Por cá, no Puro Ribatejo, a maioria dos governantes locais, pobres mas com vícios de ricos, colocam as pessoas e as famílias em primeiro lugar mas são as famílias e os amigos deles. E os outros? Também são filhos de Deus e deste nosso querido Portugal.
Temos quase tudo para ser um país, uma região e uma sociedade modelos.
Falta-nos mais cidadãos com coragem e resiliência. E com massa crítica e competência para fazer acontecer.
E falta o compromisso, a honestidade e a compaixão de quem foi eleito ou nomeado para governar e gerir.
Opinião – Nelson Lopes – Gestor de Comunicação